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São construções sintáticas que se afastam um pouco da norma regular, com o objetivo de conceder maior elegância e concisão à estrutura da frase.

 

Anacoluto

 

Ocorre quando há uma quebra sintática na estrutura da oração e algum termo está lá apenas por ter o mesmo sentido, normalmente é usado para dar ênfase ao que achamos mais importante no momento de nos expressar.

 

Exemplos

 

“Essa garota eu estou morrendo de amores por ela, mas acredito que não daria certo.”

 

Nessa frase podemos notar que “Essa garota” está “solto” na oração já que não há junção sintática com a parte seguinte “eu estou morrendo de amores por ela”, isso faz com que “Essa garota” seja apenas para dar destaque à quem o sujeito da oração (eu) está “morrendo de amores”.

 

“Essas laranjas que estão pouco azedas, você que gosta de laranjas doces deveria provar uma.”

 

Já nessa frase pode-se notar uma semelhança ao exemplo anterior, já que em “Essas laranjas que estão pouco azedas” também não há ligação sintática com "você que gosta de laranjas doces”.

 

Não há complemento e serve apenas para explicar que o sujeito (você) “gosta de laranjas doces”.

 

Dica: A palavra “Anacoluto” é derivada do latim que vêm do grego “Anakoluthos” onde koluthos significa caminho enquanto o prefixo A significa negação, isso pode facilitar no aprendizado se você perceber que o significado dessa palavra é “Que não segue o mesmo caminho”.

 

Anáfora

 

Anáfora é uma figura de linguagem que consiste na repetição sucessiva de uma palavra, uma expressão ou um termo em intervalos regulares em um texto, poesia ou uma música.

 

Exemplos

 

“Amor é fogo que arde sem se ver

É ferida que dói e não se sente

É um contentamento descontente

É dor que desatina sem doer.”

 

Nesse poema podemos dizer que a Anáfora está presente no verbo “é”.

 

"Nem tudo que ronca é porco,

Nem tudo que berra é bode,

Nem tudo que reluz é ouro,

Nem tudo falar se pode."

 

Quanto a esse exemplo, pode-se dizer que a Anáfora está presente na expressão “Nem tudo”.

 

Dica: Anáfora é derivada do grego, onde o prefixo Ana significa repetição; enquanto Pheró significa manter, ou seja, a palavra Anáfora pode significar “manter a repetição”.

 

Assíndeto

 

Assíndeto é uma figura de linguagem que representa quando não há conjunções interligando as orações de uma frase,

 

Exemplos

 

“Luciana, inquieta, subia à janela da cozinha, sondava os arredores, bradava com desespero, até ouvia duas notas estridentes, localizava o fugitivo, saía de casa como (…) ” (Graciliano Ramos)

 

Pode-se notar nesse trecho que há uma ausência de conectivos entre as orações, recurso utilizado pelo autor para que a “inquietação” de Luciana seja melhor notada.

 

“Meu filho não quer trabalhar, estudar, ser autônomo, ser independente.”

 

Nessa frase também pode-se notar a ausência de conjunções, na leitura, há um destaque quando se lê o final, diferente de como se leria caso fosse “Meu filho não quer trabalhar, estudar, ser autônomo e ser independente”.

 

Dica: A formação da palavra "Assíndeto" vem do grego onde o prefixo A significa negação enquanto a continuação syndéo significa “unir, ligar”, pode-se dizer que a palavra, ao pé da letra, pode significar “onde não há união”.

 

Zeugma

 

É a omissão de um termo já mencionado anteriormente, sem que isso afete o entendimento da frase. Também pode ser interpretado como uma forma de elipse.

 

Exemplos

 

“Ele gosta de geografia; eu, de português.”

“Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só móveis modernos.”

“Ela gosta de natação; eu, de vôlei.”

“No céu há estrelas; na terra, você.”

 

Dica: na maioria das frases onde ocorre o zeugma, aparece o ponto e vírgula.

 

Elipse

 

Também é a omissão de um ou mais termos, só que este não é mencionado anteriormente, você consegue identifica facilmente a omissão pelo contexto.

 

Exemplos

 

“Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho. ”

 

Elipse do pronome ‘ela’.

 

“Na casa vazia, nenhum sinal de vida. ”

 

Elipse da expressão ‘não havia’.

 

Polissíndeto

 

É a repetição de conectivos entre palavras, expressões ou orações para realçar a ideia de ênfase.

 

Exemplos

 

“Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza. ”

 

Repetição do conectivo ‘e’.

 

“Não canto nem danço, nem escrevo, nem desenho. ”

 

Repetição da conjunção ‘nem’ enfatiza a falta de habilidades do sujeito.

 

Pleonasmo

 

Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é realçar a ideia, torná-la mais expressiva:

 

Exemplos

 

“Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal." (Fernando Pessoa)
 

"Vi, claramente visto, o lumo vivo." (Luís de Camões)

 

É importante ressaltar que para o nosso estudo de figuras de construção, só é interessante o pleonasmo estilístico, aquele que dá maior cor, maior beleza à construção da frase. O pleonasmo vicioso (como o da tirinha: “uma dor que dói”) é considerado um grave de erro linguagem e deve ser evitado.

 

Exemplos de pleonasmo vicioso

 

“Subir pra cima”

“Descer pra baixo”

 

 

 Figuras de Construção 

São construções sintáticas que se afastam um pouco da norma re- gular, com o objetivo de conceder maior elegância e concisão à es- trutura da frase.

 

Anacoluto

 

Ocorre quando há uma quebra sintática na estrutura da oração e algum termo está lá apenas por ter o mesmo sentido, normalmente é usado para dar ênfase ao que achamos mais importante no mo- mento de nos expressar.

 

Exemplos

 

“Essa garota eu estou morrendo de amores por ela, mas acre- dito que não daria certo.”

 

Nessa frase podemos notar que “Essa garota” está “sol- to” na oração já que não há junção sintática com a parte seguinte “eu estou morrendo de amores por ela”, isso faz com que “Essa garota” seja apenas para dar destaque à quem o sujeito da oração (eu) está “morrendo de amores”.

 

“Essas laranjas que estão pouco azedas, você que gosta de laranjas doces deveria provar uma.”

 

Já nessa frase pode-se notar uma semelhança ao exem- plo anterior, já que em “Essas laranjas que estão pouco azedas” também não há ligação sintática com "você que gosta de laranjas doces”.

 

Não há complemento e serve apenas para explicar que o sujeito (você) “gosta de laranjas doces”.

 

Dica: A palavra “Anacoluto” é derivada do latim que vêm do grego “Anakoluthos” onde koluthos significa caminho enquan- to o prefixo A significa negação, isso pode facilitar no aprendi-zado se você perceber que o significado dessa palavra é “Que não segue o mesmo caminho”.

 

Anáfora

 

Anáfora é uma figura de linguagem que consiste na repetição su-cessiva de uma palavra, uma expressão ou um termo em intervalos regulares em um texto, poesia ou uma música.

 

Exemplos

 

“Amor é fogo que arde sem se ver

É ferida que dói e não se sente

É um contentamento descontente

É dor que desatina sem doer.”

 

Nesse poema podemos dizer que a Anáfora está presen-te no verbo “é”.

 

"Nem tudo que ronca é porco,

Nem tudo que berra é bode,

Nem tudo que reluz é ouro,

Nem tudo falar se pode."

 

Quanto a esse exemplo, pode-se dizer que a Anáfora es-tá presente na expressão “Nem tudo”.

 

Dica: Anáfora é derivada do grego, onde o prefixo Ana signi-fica repetição; enquanto Pheró significa manter, ou seja, a pa-lavra Anáfora pode significar “manter a repetição”.

 

Assíndeto

 

Assíndeto é uma figura de linguagem que representa quando não há conjunções interligando as orações de uma frase,

 

Exemplos

 

“Luciana, inquieta, subia à janela da cozinha, sondava os arre-dores, bradava com desespero, até ouvia duas notas estriden-tes, localizava o fugitivo, saía de casa como (…) ” (Graciliano Ramos)

 

Pode-se notar nesse trecho que há uma ausência de co-nectivos entre as orações, recurso utilizado pelo autor para que a “inquietação” de Luciana seja melhor notada.

 

“Meu filho não quer trabalhar, estudar, ser autônomo, ser inde-pendente.”

 

Nessa frase também pode-se notar a ausência de conjun-ções, na leitura, há um destaque quando se lê o final, di-ferente de como se leria caso fosse “Meu filho não quer trabalhar, estudar, ser autônomo e ser independente”.

 

Dica: A formação da palavra "Assíndeto" vem do grego onde o prefixo A significa negação enquanto a continuação syndéo significa “unir, ligar”, pode-se dizer que a palavra, ao pé da letra, pode significar “onde não há união”.

 

Zeugma

 

É a omissão de um termo já mencionado anteriormente, sem que isso afete o entendimento da frase. Também pode ser interpretado como uma forma de elipse.

 

Exemplos

 

“Ele gosta de geografia; eu, de português.”

“Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só móveis modernos.”

“Ela gosta de natação; eu, de vôlei.”

“No céu há estrelas; na terra, você.”

 

Dica: na maioria das frases onde ocorre o zeugma, aparece o ponto e vírgula.

 

Elipse

 

Também é a omissão de um ou mais termos, só que este não é mencionado anteriormente, você consegue identifica facilmente a omissão pelo contexto.

 

Exemplos

 

“Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho.”

 

Elipse do pronome ‘ela’.

 

“Na casa vazia, nenhum sinal de vida. ”

 

Elipse da expressão ‘não havia’.

 

Polissíndeto

 

É a repetição de conectivos entre palavras, expressões ou orações para realçar a ideia de ênfase.

 

Exemplos

 

“Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza. ”

 

Repetição do conectivo ‘e’.

 

“Não canto nem danço, nem escrevo, nem desenho. ”

 

Repetição da conjunção ‘nem’ enfatiza a falta de habilidades do sujeito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pleonasmo

 

Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas pala-vras ou não. A finalidade do pleonasmo é realçar a ideia, torná-la mais expressiva:

 

Exemplos

 

“Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal." (Fernando Pessoa)
 

"Vi, claramente visto, o lumo vivo." (Luís de Camões)

 

É importante ressaltar que para o nosso estudo de figuras de construção, só é interessante o pleonasmo estilístico, aquele que dá maior cor, maior beleza à construção da frase. O pleonasmo vicioso (como o da tirinha: “uma dor que dói”) é considerado um grave de erro linguagem e deve ser evitado.

 

Exemplos de pleonasmo vicioso

 

“Subir pra cima”

“Descer pra baixo”

 

 

Anafora e Assíndeto
Zeugma e Elipse
Polissíndeto
Pleonasmo
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